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{Resenha} Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas

Olá leitores, tudo bom?


     Os Três Mosqueteiros foi minha terceira leitura do ano e, até o momento, a melhor. Foi sem dúvidas a leitura mais desafiadora para mim, em questão tanto em número de páginas quanto de gênero. Quem acompanha o Leitores e Suas Manias pelo Instagram, já deve ter percebido o meu amor por ficção, suspense e fantasia. Na minha estante é bem difícil de se encontrar clássicos, e ao receber esse exemplar magnífico da editora Zahar de presente, deixá-lo parado por mais de três anos e perceber que meus livros "não lidos" estavam acabando, me peguei criando diversas expectativas sobre ele e tornando a leitura de Os Três Mosqueteiros minha meta para 2019. Apresento-lhes uma leitura difícil de largar.

Sinopse: Na história, o jovem d'Artagnan chega praticamente sem posses a Paris, mas, depois de alguns percalços, consegue se aproximar da guarda de elite do rei Luís XIII: os mosqueteiros. Nela conhece os inseparáveis Athos, Porthos e Aramis, que passarão a ser seus companheiros de aventuras. Aventura, aliás, é o que não falta nesse romance. Juntos, os quatro enfrentam combates e perigos a serviço do rei e sobretudo da rainha, Ana da Áustria, tendo por inimigos principais o cardeal de Richelieu, a misteriosa Milady e o ousado duque de Buckingham.
Páginas: 788
Editora: Zahar
Classificação: ✯✯✯✯✯
     
     A trama tem início na França do século XVII sob o comando de Luis XIII e narra a história de um jovem rapaz que sonha em seguir os passos de seu pai, um ex-mosqueteiro. Esse jovem é D'Artagnan, um gascão enviado por recomendação de seu pai a um velho amigo, o Sr. Treville. Cheio de vida e totalmente extrovertido, sem haver um só lugar por onde ele passe sem que arrume encrenca com todos que encontra em seu caminho, o menino nos encaminha para um enredo completamente arrebatador. E é quando o reino entra em um colapso iniciado quando o Cardeal Richelieu se opõe ao reinado de Luis XIII que somos adicionados em um universo de capas e espadas, duelos e intrigas, egoísmo e política, e acima de tudo, lealdade.


     Ao chegar em seu destino, sua alma o nomeia como um legítimo mosqueteiro, porém, para receber tal título oficialmente,  será preciso muito mais do que amor e desejo por esse posto, D'Artagnan terá que provar seu valor através de suas iniciativas nas missões que lhe serão designadas. E são nessas missões, que o leitor traçará suas relações com os personagens, se tornando íntimo de cada um deles, propondo situações de escape para as enrascadas que os mosqueteiros irão enfrentar e decisões que os personagens deveriam tomar. O leitor se tornará o próprio integrante da narrativa.

     Ele finalmente conhece Athos, Porthos e Aramis, os mais renomados mosqueteiros do Sr. Treville. A partir desse encontro, cria-se um laço de amizade envolto em inúmeros combates, trágicos relacionamentos amorosos, inimigos inimagináveis em lugares improváveis, disputas de poder, sede de vingança e questões políticas perigosíssimas ocasionando lutas de oposição à corporação dos partidos da França, ressaltando hábitos e costumes da época.

     Grandiosamente, Alexandre Dumas não se remete em falar das inúmeras falhas humanas em seus personagens, sem deixar escapar as partes mais obscuras. Tomando os mosqueteiros - que na verdade são quatro, como podemos ver - como maior exemplo disso, Dumas trabalha com a ideia de que não importa aonde seus personagens chegassem, em que posição social estivessem, sempre teriam áreas pessoais que seriam seus pontos fracos e, se não forem bem administrados, poderiam levar os personagens e os demais componentes do enredo a destruição total, tais como o próprio Luis XIII, Ana da Áustria, o Duque de Buckingham e o cardeal Richelieu, mostrando o quanto somos levados por nossos caprichos e vontades. Sabiamente bem trabalhado, vemos a bebida, o vício em jogo e tantos outros exemplos se tornando a destruição do ser humano em sua narrativa.

     Primeiro volume de uma trilogia da qual fazem parte os títulos "Vinte Anos Depois" e o "Visconde de Bragelonne" e com mais de 700 páginas conhecemos as consequências das guerras e das explorações de um povo que, sob suas condições econômicas, não podem se rebelar contra o sistema. Apresentando assim, a verdadeira crítica de Dumas nesta obra, onde ele traçou de forma severa e original o poder da monarquia.


Por fim, gostaria de conhecer a sua opinião. Deixe seu comentário ou dúvidas sobre o livro, sobre o que você achou e se concorda ou não comigo. A participação de cada um de vocês é muito importante e muito bem-vinda aqui!

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